"Estou fora do escritório, explorando novos horizontes. Voltarei em breve com novas ideias e energia renovada!"
Sob o céu cinzento, as ruas vazias ecoam,
Onde outrora a melodia da vida dançava sem fim.
Agora, apenas o silêncio pesado, como um domo,
Cobre a terra, onde o apocalipse traça seu carmim.
Nas esquinas, os prédios, como ossos, se erguem,
Testemunhas mudas do que foi e já não é mais.
Cada janela, um olhar que se fecha e se nega,
Cada porta, um adeus, na construção dos finais.
Chico Buarque, em sua canção, falou de um homem,
Que subia e caía, num ciclo sem redenção.
Aqui, neste fim, somos todos esse alguém,
Construindo em ruínas, nossa última canção.
Onde estará o amanhã, nesse mar de escombros?
Será que ainda há esperança, em algum lugar?
Ou será que o destino, com seus dedos sombrios,
Já escreveu o final, sem chance de reparar?
Mas ainda assim, na melancolia desse crepúsculo,
Uma flor ousa brotar, entre o concreto e a dor.
Talvez seja o sussurro, de que apesar do obstáculo,
A vida persiste, resiliente, um eterno construtor.
By Lunix.L
- Autor: Lunix.L (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 14 de abril de 2024 10:37
- Categoria: Espiritual
- Visualizações: 3
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