Maximiliano Skol

AH, SE EU PUDESSE...

Ah, SE:
...Ocorresse a mim ser cego, mas saber que há o azul celeste
...Ocorrresse a mim ser surdo, mas saber que há melodias
...Ocorresse a mim não ter paladar, mas saber que há  sabores
...Ocorresse a mim não ter tato, mas saber da maciez dos contornos da amada
...Ocorresse a mim não ter olfato, mas saber do perfume nas flores
...Pudesse eu não amar, mas perceber amor de outrem
...Pudesse eu não andar, mas saber que outros me carregam
...Ocorresse a mim não ter fome, mas invejar a gula
...Pudesse eu não engolir, mas tendo uma gastrostomia
...Pudesse eu não pensar, contudo, me iludir de pensante
...Ocorresse a mim não ter memória e não assimilar a memória de ninguém
...Pudesse eu não prevenir o futuro em detrimento de esperança
Se tudo isso e infindas coisas me assaltassem...
A vida, no entanto, seria glorificada...
Porque, poderia ainda assim – não estar morto.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de Abril de 2024 13:01
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 11
  • Usuário favorito deste poema: Emily Vitória.

Comentários1

  • Maximiliano Skol

    Gratidão, querida Emily por ter favoritado o poema.
    Seja bem-vinda à comunidade do MLP.
    Beijos.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.