Sombras Da Alma

Jef R.

"Folhas murchas em um lugar sombrio,

Árvores quebradas, esperanças em desvario.

Chuva fria, ácida despedida,

Flores mortas, almas divididas.

 

Silêncio enquanto lá fora chovia,

Ruídos de desespero, a canção da agonia.

Nomes perdidos, ressoando em um vazio de nostalgia.

Enquanto a chuva caía, a alma corrompia,

Deixava o corpo apodrecer enquanto chorava ao ver o dia.

Fungos devoravam aquela carne fria,

Com o mofo que sempre o consumia.

 

Não se despedia, mas sofria,

Era escuro, ele dizia, buscava por harmonia.

Me tire daqui o mais rápido que podia,

Mas nem sequer conseguia, sentia a agonia.

Era uma paz, ele dizia, em sua fantasia,

Enquanto lá fora o mundo corrompia, a sombria sinfonia.

 

Vagava em uma noite sombria, esfarelada,

Com cacos de vidro, a alma dilacerada.

Não contente, ele via, a humanidade despedaçada,

Com a violência que surgia, a esperança sepultada.

Se perguntava se era isso mesmo que queria,

Olhava ao redor e não tinha nada, a solidão se fazia presente, fria.

Só terra, concreto e pessoas esquecidas,

Num mundo de sombras, vidas perdidas.

 

Aquele cheiro de enxofre se espalhava na noite sombria,

Ansiava pela primavera, aquele brilho que sentia,

Mas vivia no outono, onde a alma estabelecia,

Olhava para as pessoas desesperadas por um amor verdadeiro,

Se entregavam sem receio para alcançar o auge do amor que um dia foi inteiro."

–Jef R.

  • Autor: Jef R. (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de março de 2024 04:40
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema escrevi em uma bela madrugada, retratando o amor e as pessoas tentando encontrar o "amor verdadeiro".
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 2


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