TANTOS PASSOS JÁ PASSARAM POR AQUI
E TANTOS OUTROS PASSOS HÃO DE VIR.
E NESSA CORRENTE INTERMITENTE DESSE RIO PERENE
TEM HORA QUE A GENTE É PASSAGEIRO
TEM HORA QUE A GENTE É VIAGEM.
TEM HORA QUE A GENTE É LEMBRANÇA
TEM HORA QUE A GENTE É SAUDADE
TEM HORA QUE A GENTE FICA
TEM HORA QUE A GENTE PARTE
E LEVA NOS OLHOS O QUE NÃO SE VÊ.
NA ALMA, O QUE NÃO SE TOCA
SEGREDO QUE NÃO ESCONDO
VERDADE QUE ME INCOMODA...
É TUDO EFÊMERO, TÊNUE, IMPERSEPTÍVEL...
DÓI O AMOR
EM CADA UM DOS SEUS SENTIDOS
E EU SIGO NESSE BARCO
COM ESSE ASSENTO VAZIO AO MEU LADO
VIDA QUE PASSA
MISTÉRIO E GRAÇA
NESSE CÉU INFINITO
O HORIZONTE SE FUNDE
E ENCONTRA ABRIGO
NAS ÁGUAS DESSE RIO
E EU PROSSIGO
NA CERTEZA DE VOCÊ...
- Autor: Maria Carvalho (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 6 de julho de 2020 16:32
- Comentário do autor sobre o poema: Fiz esse poema em homenagem a minha mãe, Jeci, que faleceu. Não é um poema sobre a tristeza que a morte provoca; é um poema sobre saudades de alguém muito amado. Sobre a falta diária que essa pessoa nos faz.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 13
Comentários3
Pude sentir a intensidade desses versos! E lamento, pela partida dessa pessoa tão querida em sua vida.
Maria Carvalho, que poema lindo!
É rítmico e emocionante... Belíssima homenagem!
Não é só reflexão, é quase uma reza pro alívio...
Abraço
Lindo, Maria, como você fala da importância das coisas invisíveis:
"TEM HORA QUE A GENTE PARTE
E LEVA NOS OLHOS O QUE NÃO SE VÊ". Parabéns. Abç
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