No manto da guerra
Perdi em meu corpo
A face de glória
E o tempo no olhar.
Prendi em meu sangue
Desejo de honra,
Vontade da morte,
Súplica de amar.
Acordado no nada,
Meus olhos encostam,
Descansam e repensam.
O tempo está morto,
O nada no olhar.
O sangue se ferve,
Borbulha e se agita,
Respinga na pele.
A carne manchada,
No ódio se ferve.
Se contra o luar,
A favor do inferno,
Contesta o tempo,
E deixa na vida,
Os olhos da morte,
A morte no olhar.
É o fim da noite,
Dança o céu,
Dança a terra,
Dança o homem,
Dança a música,
Dança a dança,
Acabou de dançar.
Encoste no peito,
O tempo sumiu,
Junto com ele
A alma fugiu.
- Autor: α.δ. (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de março de 2024 22:34
- Comentário do autor sobre o poema: O tempo, no conceito físico, é relativo. Já no conceito metafísico ele nasce, se quebra e renasce. É cíclico. O tempo surgiu, fugiu do olhar e ressurgiu.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 2
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