No manto da guerra
Perdi em meu corpo
A face de glória
E o tempo no olhar.
Prendi em meu sangue
Desejo de honra,
Vontade da morte,
Súplica de amar.
Acordado no nada,
Meus olhos encostam,
Descansam e repensam.
O tempo está morto,
O nada no olhar.
O sangue se ferve,
Borbulha e se agita,
Respinga na pele.
A carne manchada,
No ódio se ferve.
Se contra o luar,
A favor do inferno,
Contesta o tempo,
E deixa na vida,
Os olhos da morte,
A morte no olhar.
É o fim da noite,
Dança o céu,
Dança a terra,
Dança o homem,
Dança a música,
Dança a dança,
Acabou de dançar.
Encoste no peito,
O tempo sumiu,
Junto com ele
A alma fugiu.