deus dos desajustados
que veem do calabouço
o luar tenebroso
mas uma dose de criptonita
para mim e outra para o capitão América
não mudarmos de fase
e vivermos sossegados
ordem suprema do mundo e do heich:
— cala boca desnorteado
foi condecorado com um casebre em outra cidade
alcoolizou a medida produtiva do amor
no ambiente distante dos boêmios
todo mês tem a fila dos renegados
toda terça-feira : pão e circo
para não ativar a criatividade
toda sexta-feira : vinho que alegra o coração
e diminui a saudade
no domingo: refeição que une a família, quem diria
que esta didática eletrônica permita
vivermos novamente nossos sonhos
mas viveríamos bem
sem toda a carestia!
Flores sem jardim
do devassado paraíso
gritos de socorro sem energia
alto-falantes sem fala
eu preciso de alguém que embriague minha rima
de um amor para recitar em praça pública
o fim da tirania
a lista de desejos já foi escrita
pelo Deus dos desajustados
para ajustar tudo em harmonia.
- Autor: CORASSIS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 7 de março de 2024 18:47
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Edla Marinho, Vilmar Donizetti Pereira
Comentários3
Poesia vigorosa e contundente, crítica criativa da rigidez de nossos dias, muito bem escrita: adorei!!! Beijão ao mestre poeta.
Amigo Corassis, seja qual for o tema, você se expressa magníficamente!
Parabéns, por nos presentear assim. Feliz fim de semana, meu abraço!
a lista de desejos já foi escrita
pelo Deus dos desajustados
para ajustar tudo em harmonia.
Perfeito! Adorei!
Boa tarde, poeta Corassis!
Atér breve!
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