Vênus

Guerra Interna

Assassinei uma pessoa,

Assassinei a mim mesma.

 

Me destruo todo dia,

Pra no final, me reconstruir.

 

Me atiro, me obrigo, me frusto.

Depois, me desculpo.

 

Todas as noites, preciso me perdoar

Pra continuar viva no dia seguinte.

 

 

O ciclo se refaz, nunca muda.

E daí? O mundo continua a girar. 

 

A minha guerra não é com ninguém,

A briga rola apenas entre eu e minha mente.  

 

É interna e intensa.

É infinita e sombria. 

 

 

Se alguém se encontra em meus versos de ódio

Ou os toma como indiretas pra si,

 

Creio que essa pessoa esteja numa guerra interna muito pior que a minha .

 

 

Vênus, 6 de janeiro de 2024

  • Autor: Venus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Março de 2024 13:50
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 4


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.