No ocaso do papel
o agonizar das canetas
Os livros empoeirados nos restantes brechós
servem de pastos às traças protegidas do Sol
pelo sombrear acinzentado das teias
No canto a máquina de escrever Olivetti
rumina memórias dos tempos em que era
tocada pelo inquietar barulhento dos dedos
No desaparecer dos demais
O velho guardião apaga a luz
fecha a porta e sozinho vai embora
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                        Autor:    
     
	joaquim cesario de mello (
 Offline) - Publicado: 29 de fevereiro de 2024 08:54
 - Categoria: Não classificado
 - Visualizações: 8
 

 Offline)
			
Comentários3
Faz todo sentido. Um lamento necessário.
Boa noite, poeta Joaquim Cesário de Mello!
Um gemido ou um uivo contudo? E lá vai tua alma se derramando...bom demais!
Sem fazer juízo de valor tia poesia faz eu pensar que o novo sempre vem.
Parabéns
Bela
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