No ocaso do papel
o agonizar das canetas
Os livros empoeirados nos restantes brechós
servem de pastos às traças protegidas do Sol
pelo sombrear acinzentado das teias
No canto a máquina de escrever Olivetti
rumina memórias dos tempos em que era
tocada pelo inquietar barulhento dos dedos
No desaparecer dos demais
O velho guardião apaga a luz
fecha a porta e sozinho vai embora