Altofe

CAIS, NO FIM DA TARDE

 

Cais, no fim da tarde 

 

Beira a margem

beira o rio

beira o cais,

que reluz

que reflete

o sol que cai.

 

Beira a vida

e cambaleia

o infeliz,

que sem destino

beija a garrafa

que não o trai.

 

Caminhando só,

só o sol percebe,

não se esquece,

só tem saudade,

e traz as mágoas

que quer afogar.

 

Beira plácido

beira ébrio

o solitário,

na bebedeira

na beira tropeça

e à beira da noite

também cai.

 

  • Autor: Altofe (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de Fevereiro de 2024 15:03
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8
  • Usuário favorito deste poema: Melancolia....

Comentários2

  • Melancolia...

    Gostei do enredo poético meu amigo....

    Abraços....

    Seguiremos firmes e de pé né....

    • Altofe

      Obrigado pela leitura poeta. Abs.

    • Vinicios Cesário

      De quantas beiras estamos bem perto em nossa vida, como na tua poesia.
      E essa beira é perigo ou um passo do autodescoberta, da autoconsciência?
      Poesia nos faz pensar ainda que nesse caso pensemos com o coração.
      Parabéns

      • Altofe

        Grato por sua atenção poeta, seria à beira e sucumbir pela desilusão nesse caso. Abs.



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.