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CAIS, NO FIM DA TARDE

 

Cais, no fim da tarde 

 

Beira a margem

beira o rio

beira o cais,

que reluz

que reflete

o sol que cai.

 

Beira a vida

e cambaleia

o infeliz,

que sem destino

beija a garrafa

que não o trai.

 

Caminhando só,

só o sol percebe,

não se esquece,

só tem saudade,

e traz as mágoas

que quer afogar.

 

Beira plácido

beira ébrio

o solitário,

na bebedeira

na beira tropeça

e à beira da noite

também cai.