Helio Valim

Banzo: a dor de um povo

 

O banzo que rasga a carne,

dilacera a alma.

Queima contumaz e arde,

com sarcástica calma.

 

Reagindo a suplício covarde,

em cena sem palmas,

o banzo que rasga a carne,

dilacera a alma.

 

A paz chega mais tarde,

com sua bandeira alva,

mas, a tristeza que a encarde,

na verdade, não acalma,

o banzo que rasga a carne.

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Fevereiro de 2024 12:11
  • Comentário do autor sobre o poema: Banzo ou tristeza profunda e crônica. Estado de depressão que os africanos escravizados sentiam quando desembarcavam no Brasil. Essa enfermidade, muitas vezes, levava os escravizados à morte.>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Este poema é um Rondel.>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Participe do grupo: Poesia no Caos https://www.facebook.com/groups/1218204639013511
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 5


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.