Marçal de Oliveira Huoya

Dionisiacas

“E teu corpo se alonga e se inclina, tal fino navio que oscila e seus mastros declina, no mar correntio” (Charles Baudelaire/ Flores do mal)

 

Dionisíacas

 

Deve estar no céu

Firma com a mão meu telescópio

Lentamente retira o véu da frente da lente

E vê um caleidoscópio

Em meio a Lua e a estrela

Escolhe ambas para vê-las

Brincam na escuridão prateada

Descem ao oceano

Para afogar a nudez desvelada

Sonho profano

Rotações, translações

Vértices invertidos, vórtices divertidos

Abluções

Brincam até a madrugada

O dia vem e interrompe a fantasia

Cego de luz

Veste o capuz

E termina a poesia...

 

 

 

 

  • Autor: Vênus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de Fevereiro de 2024 21:05
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 3
  • Usuário favorito deste poema: DAN GUSTAVO.


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