NO
No palco do amor, encenamos a despedida,
Dois corações, um adeus, uma partida.
Ainda que o afeto persista em cada olhar,
É hora de libertar o que não pode mais ficar.
Caminhamos lado a lado por esta trilha,
Amores profundos, mas a vida nos instila,
A separação, um capítulo doloroso e sutil,
Amar, mesmo partindo, é um ato de perfil.
Lágrimas caem como chuva de despedida,
Numa dança de sentimentos, nossa desunião se deslinda.
O amor persiste, uma chama que não se apaga,
Mas a jornada nos leva por uma nova vaga.
Seguimos adiante, almas que se transformam,
Amar é também saber quando os laços desarmam.
Ainda que o coração sangre na desventura,
O término é uma chance para uma nova estatura.
Assim, fechamos as cortinas desse palco agridoce,
Mesmo partindo, o amor permanece e floresce.
No fim, a separação é um paradoxo de doçura,
O adeus, um prelúdio para uma nova aventura.
- Autor: Tai Miranda (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de fevereiro de 2024 09:54
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
Comentários2
Poema com muita harmonia e criatividade poética. Não é meloso, aí contrário,muito realista e tem densidade poética. Meus aplausos!
..."No fim, a separação é um paradoxo de
doçura"...
Gostei demais dessa ideia!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.