Prólogo do Vento

Jose Kappel

 

me aponta
a dobra
que faço
a esquina.

faz de mim
até um
horizonte,
com bordas
de fogo,
ou até
uma ponte
de atravessar
os meigos
e os avessos.

sou de pouco,
vivo da lasca
de vindas e  dos poentes
ociosos,
sou bandeira
e pátria
dos sozinhos.

se hoje
te peço
perdão,
não é por
nada não,
é que dói

receber
aforas.

se de
todo
não voltar
não querer,
digo eu
lá pros
bentos:

azar meu!

dei azar
de amar
mulher
dos ventos!

  • Autor: Jose Kappel (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de fevereiro de 2024 18:27
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6
Comentários +

Comentários1

  • Shmuel

    Lindo!
    Abraços ao poeta!



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