Jose Kappel

Prólogo do Vento

 

me aponta
a dobra
que faço
a esquina.

faz de mim
até um
horizonte,
com bordas
de fogo,
ou até
uma ponte
de atravessar
os meigos
e os avessos.

sou de pouco,
vivo da lasca
de vindas e  dos poentes
ociosos,
sou bandeira
e pátria
dos sozinhos.

se hoje
te peço
perdão,
não é por
nada não,
é que dói

receber
aforas.

se de
todo
não voltar
não querer,
digo eu
lá pros
bentos:

azar meu!

dei azar
de amar
mulher
dos ventos!