Quando você trancar as portas do seu coração,
Quem terá a chave cópia para abri-las?
A janela continua aberta e escancarada,
Os raios de sol entram e batem na parede branca e mofada,
Ainda dar para ver aquele velho sofá com apenas uma almofada.
Ah, essa casa...
As vezes parece inabitada, jogada às traças e empoeirada.
Mas ainda há beleza na decadência desta morada,
Nas marcas das paredes, da história contada.
A janela, portal do tempo e da saudade,
Testemunha de amores, de toda a diversidade.
O vento sussurra segredos do passado,
Enquanto o relógio marca um tempo cansado,
Na sala, a melodia de um piano silenciado.
Nas paredes, fotografias desbotadas,
Retratos vividos, de vidas passadas.
A lareira, outrora acesa e calorosa,
Agora guarda apenas cinzas poeirentas, saudosas.
Cortinas desgastadas balançam ao vento,
Como lágrimas de um amor que ficou isento.
A janela a se fechar, casa inabitada,
Testemunha muda do tempo que passa,
Reflete a beleza de uma casa que abraça.
Apesar das cicatrizes que o tempo a deixou,
Ainda exala a essência do que já se amou.
E no silêncio, onde a saudade repousa,
O eco das memórias, como brisa, embala a prosa.
- Autor: Pedro Feitosa ( Offline)
- Publicado: 28 de janeiro de 2024 07:13
- Comentário do autor sobre o poema: Em suma, este poema é uma reflexão lírica e emocional sobre a experiência humana, explorando temas universais de amor, perda, memória e tempo através da metáfora de uma casa.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3
Comentários1
Pedro Feitosa que narrativa poética bonita! Senti a solidão e a tristeza desta "casa".
Simplesmente lindo!
Excelente dia!
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