Daniel Lipski

Só bosta

Um monte de bosta, glutinosa e putrefata
juntando ao redor parasitas parnasianos 
Moscas negras meneando a massa fétida
Num ecosistema fustigante aos sentidos

Asquerosos, aquém de tudo, passam ao léo
Sem se dar conta da nauseante encenação
Larvas a alimentar-se efusivamente
Num caldeirão de excitante podridão

Fartar-se com a merda e o que mais for
entrelaçar-se com o doce-amargo regurgitado 
Sentindo mais e mais o sabor do chorume
Saciando assim enjoados ensejos de vidas vis.

  • Autor: Sanitário Masculino (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de Janeiro de 2024 09:23
  • Comentário do autor sobre o poema: Cuidado ao ler. Pode causar náuseas.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14


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