Na roda de boa fama
Na’estância ao romper da aurora
Surge um mate que acalora
Se a geada beija a grama.
Chimarrão que a gente ama
Verde folha em água embala
Fumaça que sobe e fala
No silêncio que se espalha
A cuia passa e não falha
Oi gatê vida baguala
....................................
A erva grita no pampa
E n’água quente se esconde
E o gaúcho responde
Tenho tradição, estampa
E bebo canha na guampa
Se o frio rengueia tudo
Mate amargo é macanudo
Estreita na cuia os laços
Contrários, viram amigaços
Num chima bem topetudo.
Buenas, tchê. Dr. Francisco Mello - Advogado Criminalista
- Autor: Dr. Francisco Mello ( Offline)
- Publicado: 18 de Janeiro de 2024 20:18
- Categoria: Fantástico
- Visualizações: 4
Comentários1
Meu amigo Dr. Francisco, a declamação do poema no vídeo continua fluida sobre a leitura rítmica do teu poema. A melodia da guitarra e o sotaque gaúcho persistem no teu belo elogio à amarga erva, verde e milagrosa dos pampas.
O ímpeto guapo do teu texto contrasta com o pessimismo da minha prosa,aqui, publicada. Cá entre nós: não lhe dê literal significado. É apenas exercício mental sem propósito algum.
Um abração.
Mas bah.... não importa se contrasta, do caos nasce as estrelas, já dizia CARL SAGAN, rsss. Obrigadito pela tua visita sempre nota 10. Sou viciado em "erva", kkkk.
Abracito, tchê top.
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