Onde Dormem os Anjos  

Jose Kappel


 
 
Roça sua face 
no tenro espelho 
do céu; 
impõe seu corpo, 
de amêndoas, 
ao sol para brilhar. 
 
Conquista, aos poucos, 
sem medir espaços, 
sem correr em resmas, 
sem tropeçar, 
nas dores que ficaram, 
e o que de mim restou. 
 
Flora suas mãos, 
não ao léu,
com  rápidos gestos, 
e que apurem sempre 
o verdadeiro amor - 
aquele que amadurece 
e cristaliza esperanças, 
que aveludam crianças, 
que nos torna 
sorvedouros de mel. 
 
Me faça rei de seu 
espaço, 
e não arrede pé para 
intrusos sem laços.
 
Neste vitral 
que simboliza 
nossa vida 
você consegue 
me fazer meio dono 
de suas conquistas.
 
Então, 
por um milagre, 
de vida, 
conquisto você, 
e amaino agora 
seu espírito 
em tênues ramos em toda nossa vida alegre. 
 
E, sereno, 
avanço
com meus lábios 
ressecados de sombras, 
mas dono de um mercado 
da esperança, 
me faça senhor, 
dono da tenda 
de nosso amor, 
agora, fincado 
em lagos portentosos.

 

De omisso todo ofusco, onde só 
dormem anjos. 
 
Se posso acreditar nisso, 
posso acreditar no amor, 
posso iluminar nossas vidas,
mas não posso morrer sem  calor dos braços dela

  • Autor: Jose Kappel (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de janeiro de 2024 00:54
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9
Comentários +

Comentários1

  • Nelson de Medeiros

    Bom dia, poeta.

    Lindo, de verdade, o teu poema de amor.

    1 ab



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