vivip

Âmago do âmago de uma dor.



Morri por dentro. Cada átomo meu se rasgou por vontade própria e cada um deles me fez sofrer de uma dor diferente. Então senti uma miscelânea de dores; que tentaram em vão traduzir a minha dor em todas as suas línguas. Mas as línguas sempre foram afiadas demais e, sem querer, lembravam-me da adaga que anunciou minha primeira morte. Fora um anúncio silencioso. Mesmo que gritasse se inspirando num relâmpago, haveria poucos para ouvir. Porque além dos que não se importam, há-o restante que se importa o suficiente para não suportar os suplícios do meu próprio vazio.

  • Autor: vivip (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de Dezembro de 2023 21:57
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6

Comentários1

  • Maria dorta

    Belo poema mas com um misto de melancolia! Anime_ se, você está viva...amada ou desamada, que i.porta? Ame_ se e basta!

    • vivip

      Obrigada! Abraços



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