Morri por dentro. Cada átomo meu se rasgou por vontade própria e cada um deles me fez sofrer de uma dor diferente. Então senti uma miscelânea de dores; que tentaram em vão traduzir a minha dor em todas as suas línguas. Mas as línguas sempre foram afiadas demais e, sem querer, lembravam-me da adaga que anunciou minha primeira morte. Fora um anúncio silencioso. Mesmo que gritasse se inspirando num relâmpago, haveria poucos para ouvir. Porque além dos que não se importam, há-o restante que se importa o suficiente para não suportar os suplícios do meu próprio vazio.