Jose Kappel

Hora Sem Visgo

 

Agrestes panos

que roçam sua

pele alva.

 

Rútilas dobras

escarniçadas

de sombras e

medos.

 

Frágil mesa de

cobre que guarda

o corpo imóvel.

 

A data,não sei,

o dia, menos,

sei que foi à noite

noite...

dos desesperados.

 

Quando,de longe,

vi seu corpo

comiserado pelo nada,

acreditei,

por obra da

rotina.

 

Que era você,

viva e morta,

nos braços

de alguém.

 

Agora, sem mais

abraços,

beijos,

adornos de carinho.

 

Mas se olhar

para alguma estrela

certamente vai vê-la

certamente...

 

E com outro sol,

pargeada de homens,

que vêm e vão,

mas não deixam nada,

ou dançam na poeira

da hora vazia.

  • Autor: Jose Kappel (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de Dezembro de 2023 04:08
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.