Jaqueline Poet

O Fim Da Carne

 

O escuro tomou conta do horizonte
O seu sangue, parou de correr
Não há mais fuga, nem sorte, nem ponte
A morte veio para te surpreender.

As almas ao seu lado, não cessam de gemer
Ecos lancinantes, em torno de você
Elas te apertam e clamam ao céu, para te renascer
Mas já é tarde para você.

A sua boca e seus olhos estão lacrados com super bonder
Você tenta clamar, mas ninguém te escuta, é um silêncio atroz
Você pode até ansiar por voltar ao seu corpo, mas não há esperança
A sua sentença chegou, é o adeus da sua existência.

Está frio, frio, frio
Um frio de gelar a alma
Os algodões nos seus narizes e orelhas, tentando estancar a vida
A sua pele se solta, os seus ossos se quebram
Os vermes já se aproximam. 

O féretro se fecha sem demora
A despedida triste se anuncia
Há gente que te busca em vão agora
O último tijolo te silencia.

Você jaz no escuro, sem memória
A vida se esvaiu na agonia
Ninguém sabe o que te espera na glória
Ou se há somente o nada e a fria.

A última rosa é lançada sobre o seu jazigo
Como um sinal de despedida
A que nunca se apaga
O seu adeus findou-se aqui.

Jaqueline Poet

 

 

 

  • Autor: Jaqueline Poet (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de Dezembro de 2023 11:04
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 6

Comentários1

  • Melancolia...

    Triste fim....
    Nos enterramos nos sentimentos alados ao coração.

    • Jaqueline Poet

      Realmente, o poema retrata um fim melancólico, mas é uma reflexão sobre a efemeridade da vida e a inevitabilidade da morte. No entanto, mesmo diante desse destino inescapável, há beleza na forma como nossos sentimentos nos elevam acima das adversidades. Eles são como asas para o coração, permitindo-nos voar acima do sofrimento e encontrar paz na aceitação. A morte pode ser o fim de uma jornada, mas também pode ser o começo de outra, em um plano diferente da existência.

      • Melancolia...

        Bom termos a ciência em ver as coisas em um modo e método diferente, crendo assim que, o sofrimento pode trazer outras formas de morte e de vida...
        Que essas efemeridades sejam desfrutadas nas melhores formas possíveis.

        Abraços



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