A rotina foi cansativa
Em meio a pedaços de mim mesmo
Eu estou cansado demais para montar
Quero dormir, quero relaxar, quero fechar meus olhos
Se eu fosse jogado no mar, eu sairia flutuando ou afundaria?
Meu corpo pede por descanso, minha mente pede por sono, minha alma pede por um aconchego
Não é sobre ser o melhor, não é sobre ser o pior
É ser melhor do que eu era, a cada dia, a cada momento
E quando chegar o momento que minhas cinzas voarem
Quero que lembrem de mim como uma pessoa querida
Observo a noite estrelada, cada imagem, cada singularidade
Cada azul, cada amarelo, uma obra de arte, feita na minha recordação
Amanhã é outro dia, sei disso
Ao dormir tudo isso passa, sei disso
É apenas um momento, sei disso
O cansaço é passageiro, sei disso
Nem por isso deixo de sentir o que sinto
Nem por isso paro de escrever o que não sinto
Nem assim acabei deixando de lado
Nem assim você saiu da minha mente
Pedaços de mim, quando tudo isso passar
Serei um novo eu? Um velho eu?
Irei remontar a mim mesmo?...
- Autor: Lucas F. (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de novembro de 2023 18:30
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 13
- Usuários favoritos deste poema: Letícia Alves
Comentários1
Muito lindo esse seu poema e belíssima a sua reflexão.
Nós jovens, dessa sociedade moderna que anda rápido demais (e na minha opinião, cada vez mais para trás), sentimos na pele o cansaço, a exaustão de tentar sobreviver. E esse é um tópico bastante pertinente que engloba tantos outros âmbitos (política, economia, sociologia, etc), contudo, sempre que paro para refletir nos efeitos que essa "doença massiva" causa no mundo, acabo percebendo (aí entra o âmbito da poesia para selar tudo) e aprofundando cada vez mais os efeitos colaterais que a mesma causa em mim.
Achei muito bonita a forma como descrevestes esses "machucados": "A rotina foi cansativa
Em meio a pedaços de mim mesmo
Eu estou cansado demais para montar
Quero dormir, quero relaxar, quero fechar meus olhos"
Não poderia definir melhor do que fizestes aqui o meu 'mood' desta semana, sinceramente.
"Se eu fosse jogado no mar, eu sairia flutuando ou afundaria?
Meu corpo pede por descanso, minha mente pede por sono, minha alma pede por um aconchego
Não é sobre ser o melhor, não é sobre ser o pior
É ser melhor do que eu era, a cada dia, a cada momento"
Por fim, para terminar esse meu longo comentário haha, acho que, no final do dia e de tudo, o que mais conta é o como lidamos com esses efeitos colaterais. Já que temos de enfrentá-los algumas vezes e por outras deixá-los adormecer, por que não escrever sobre eles? Sinto que quando o faço, eles derretem um pouquinho mais. Quando tentamos entender, entendemos menos, mas nos sentidos bem com isso - contentamento da alma, sabe?
Muito bonito mesmo o seu texto.
Abraços ternos (sempre que se sentir cansado, tente escrever um pouquinho).
Obrigado pelo belíssimo comentário Letícia, os poemas sempre tratam de curar meu cansaço, meu "eu" dolorido, por isso gosto de tratar sobre sobre esses temas. Abraços! 🙂
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