Sued Sarkis

Angústia de amor

Confesso que apelei para um bom sonífero, a garantir que eu varasse a noite sem várias consultas ao celular, em busca de alguma mensagem tua. Mas nem era tão bom assim pois já às 05:00hs meu olhar buscava a tela ...

Bem sei o que tem fracionado as minhas noites de sono. Os motivos, que me fazem andar a olhar o celular a cada pequeno espaço de tempo.

Acaso ela me escreveu?
Enviou-me uma foto, um poema solto, um trecho dos livros que tanto apreciamos?  Contou-me um pouco mais de si?
Quantas coisas mais vou descobrir que somos iguais?

E porque os relógios andam tão devagar, quando ela dorme e tão rápidos quando ela fala comigo?

Que magia marota é essa, Sr. do Tempo?

Perguntas sem respostas.

De certo, só o que eu chamo de amor, o coração em descompasso, e um imenso sentimento de estar na área de embarque de um aeroporto qualquer, prestes a ir, sem saber pra onde.
Nem se poderia ficar.

Angústia do amor que não se tem.
Doce e solitário amor.

  • Autor: Sued Sarkis (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de Novembro de 2023 14:05
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 5

Comentários1

  • Shmuel

    ..."Angústia do amor que não se tem.
    Doce e solitário amor"...

    Perfeito! O amor é bem isto! Ora doce, feito chocolate, Ora amargo feito chocolate também! Talvez a melhor fórmula do amor esteja na dosagem.

    Abraços!

    • Sued Sarkis

      Muito gentil e perspicaz seu comentário Shmuel. Obrigado.



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.