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Sued Sarkis

Angústia de amor

Confesso que apelei para um bom sonífero, a garantir que eu varasse a noite sem várias consultas ao celular, em busca de alguma mensagem tua. Mas nem era tão bom assim pois já às 05:00hs meu olhar buscava a tela ...

Bem sei o que tem fracionado as minhas noites de sono. Os motivos, que me fazem andar a olhar o celular a cada pequeno espaço de tempo.

Acaso ela me escreveu?
Enviou-me uma foto, um poema solto, um trecho dos livros que tanto apreciamos?  Contou-me um pouco mais de si?
Quantas coisas mais vou descobrir que somos iguais?

E porque os relógios andam tão devagar, quando ela dorme e tão rápidos quando ela fala comigo?

Que magia marota é essa, Sr. do Tempo?

Perguntas sem respostas.

De certo, só o que eu chamo de amor, o coração em descompasso, e um imenso sentimento de estar na área de embarque de um aeroporto qualquer, prestes a ir, sem saber pra onde.
Nem se poderia ficar.

Angústia do amor que não se tem.
Doce e solitário amor.