E Tudo se Foi

Jose Kappel

 

Foi coisa de verdade:
lá, onde as pessoas grandes
aprendem a ferir!

Foi tão isolado como
o céu, quando vai dormir;
tão só como o sol,
quando vai escaldar
os de classe, ou
passageiros:
os pingentes sem lar!

E tudo se foi
como se foi,
tudo que acabou.

Aliás, na manhã que
nos perdemos eu ainda
disse: não adianta forçar
o destino.As amarras
estão presas em
algum porto.

Quando ele revoa alado
para trás, não há sobreviventes
de tal aventura amargurada.

E só há um destino
agora e de passagem:
vá, pega sua manta azulada de
orvalho,
e vá viver no mundo do sonho
corrido, onde fadas do além
te esperam ansiosas por te conhecerem:
aquelas de mil dotes mas
sem, no coração, de archotes,
formado apenas
de fogo e lâminas de guerra!

 

E, se sou a guerra, também sou a pólvora :

A Roda e o Bastão acompanham o homem. E já faz parte de sua história. A Roda para conquistar ou fugir e o Bastão para  humilhar e agredir.

Mas, sem o caos, não teríamos nem progresso e nem desenvolvimento. Contudo, a missão do caos é ferir.

E no contraditório, o caos leva o desespero aos fracos e mais poder ao poder.

E o que podemos fazer com a luz que não podemos ver? No tempo, o carvão escuro se dissolve rapidamente, enquanto a claridade é eterna.

E nosso amor morre no tudo que quis ser !

 

  • Autor: Jose Kappel (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de novembro de 2023 03:58
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 7
Comentários +

Comentários2

  • Shmuel

    Assim como o título: Tudo se foi, e tudo é tão efêmero, e tem essa guerra, essa coisa triste, que sangram pessoas e poesias.
    Belo pensar poético, meu querido bardo, Jose Kappel.
    Abraços!

  • Maria dorta

    O primeiro poema,chora a perda do amor. Triste mas, inevitável. A vida é assim dividida entre o amor e o desamor. A paz e a guerra. No segundo poema há belas rimas mas tem um tema macabro: a guerra. Infelizmente,o homem a criou e um dia,ele destruirá a Terra com os inocentes nela! Dois poemas para se pensar : até onde nós levera' a imbecilidade humana?



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