Carlos Lucena

LÁGRIMA ESCONDIDA

LÁGRIMA ESCONDIDA

Eu sou a lágrima 
que corre escondida
Pra não chorar  de dor.
Eu sou a alma perdida
Desencontrada e sem caminhos
Como a pétala seca 
que caiu da flor.
Sou o náufrago 
Ainda na procela a insistir
Mesmo que as ondas desse mar
Não me mostrem 
o caminho aonde ir.
Sou o eco de um silêncio 
sem fronteiras
Do qual os gritos
Só o meu peito pode ouvir.
Enfim, sou a lágrima 
que corre escondida
No leito de um rosto
Talvez perdida
Quisera ela encontrar o mar
E em suas águas fosse se unir
Para que os silêncios e os gritos
Fossem algo 
que se fizesse ouvir
E não apenas fossem ritos 
Mas que fossem
Como atos respondendo aquilo que é tão fácil de sentir.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de Novembro de 2023 17:59
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 4

Comentários1

  • Maria dorta

    Belo poema com boas metáforas! Aplausos!



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.