Carlos Lucena

DO VENTO À VENTANIA

DO VENTO À VENTANIA

Vem com tanta força
Deságua  
Como se fosse rio
lava como se fosse água 
E refresca
Porque  vai e vem
Como se fosse vento
E toca a música que  sossega
Mas também tem 
Uma coisa de lamento.
É como o mar que mareja 
em ondas de maresia 
Mas de repente é brisa
Que rasteja
Como se fosse a lágrima que  escorre
Na areia  de um rosto como se fosse praia 
E é doce como se fosse um mel 
Boca, colmeia de quem  beija
E voa no azul como se fosse céu.
É vento
É brisa
É mar
É rio
É  amor que ama
Calor e frio
É chama
Serenidade calma
De pureza sofreguida  de uma alma
Bravo como a água do mar
Sereno como a água do rio 
E como veia pulsante
Agita o sangue em borbulhas
Regando a semente no cio
E vai do vento à ventania!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de Outubro de 2023 09:33
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 7
  • Usuário favorito deste poema: Shmuel.

Comentários3

  • Elfrans Silva

    Há tempos não lia poema assim, imaginativo e bem construído.
    Aplausos amigo das letras. Meu abraço poético

  • Shmuel

    Parabéns nobre poeta Carlos Lucena! Um texto prazeroso de se ler!
    Sempre competente no ato mágico do versejar.

  • Carlos Lucena

    Poesia é vida em construção
    É fogo que arde
    Mas não queima
    E é letra no verso que teima
    É luz claridade e escuro
    Ora é áspera
    Ora é terna
    Porque é a própria ternura
    Candida e alva
    Porque é á própria candura
    E mesmo diante da nau perdida
    E da perdida procela
    É a estrofe embarcada
    Na poesia da vida!



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