Já vi de tudo, 
de casco ao tombadilho, 
do céu,à terra, 
tudo espelha seu rosto, 
tudo diz de você, 
do começo ao fim.
Já vi de tudo, 
seu espírito mais brando, 
que é sorvido no cálice de 
cristal, alinhado de flores. 
 
Vitória dos poucos, 
lembrança dos vagos! 
 
Já vi o mar e as 
areias rainhas, 
vi 
o céu, 
e também 
rezei às 
ladainhas! 
 
Vi homens lutando por migalhas de 
pão. 
Vi o mundo girar ao contrário 
como uma gude atrapalhada! 
 
Feliz vitória de 
um homem que um dia 
achou que era só 
e foi descobrir que o eu 
só não existe. 
 
Existe a distância e reta 
- meu bom senhor - 
mais tudo dá sua volta, 
igual a flores relegadas! 
 
Mas neste jogo 
nada têm volta. 
 
E se volta tiver, 
aguada que seja, 
quero ser seu par 
de olhos.
Quero amaciar sua mão branda, 
e resfolegar igual a 
uma rainha, 
envolta e sossegada, 
em mil 
saias de chegadas! 
Dai faço a festa
alada,
abrandada por fados de amor,
e uma eterna carícia
nos torna flor de querer.
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                        Autor:    
     
	Jose Kappel (
 Offline) - Publicado: 24 de outubro de 2023 08:47
 - Categoria: Não classificado
 - Visualizações: 4
 

 Offline)
			
Comentários2
Parabéns....
Bonita reflexão sobre a conexão e o significado da vida.
..."Existe a distância e reta
- meu bom senhor -
mais tudo dá sua volta,
igual a flores relegadas!"...
Um poema ímpar e belo! Foste agraciado pela musa inspiradora. Que deleite se separar com esta pérola em forma de poesia.
Abraços ao nobre poeta!
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