Já vi de tudo,
de casco ao tombadilho,
do céu,à terra,
tudo espelha seu rosto,
tudo diz de você,
do começo ao fim.
Já vi de tudo,
seu espírito mais brando,
que é sorvido no cálice de
cristal, alinhado de flores.
Vitória dos poucos,
lembrança dos vagos!
Já vi o mar e as
areias rainhas,
vi
o céu,
e também
rezei às
ladainhas!
Vi homens lutando por migalhas de
pão.
Vi o mundo girar ao contrário
como uma gude atrapalhada!
Feliz vitória de
um homem que um dia
achou que era só
e foi descobrir que o eu
só não existe.
Existe a distância e reta
- meu bom senhor -
mais tudo dá sua volta,
igual a flores relegadas!
Mas neste jogo
nada têm volta.
E se volta tiver,
aguada que seja,
quero ser seu par
de olhos.
Quero amaciar sua mão branda,
e resfolegar igual a
uma rainha,
envolta e sossegada,
em mil
saias de chegadas!
Dai faço a festa
alada,
abrandada por fados de amor,
e uma eterna carícia
nos torna flor de querer.