João Jorge o Poeta Sorridente

A BELA E O LADRÃO

“A BELA E O LADRÃO”

‘Fado O Corrido do J. J.’

 

No centro das Amoreiras

Havia um pilha carteiras

Que la actuava com gozo

Num certo dia de azar

Resolveu se assenhorar

De algo mais valioso

 

Estava a bela Maria

 Dedicada ao que fazia

A esvaziar a bexiga

Vê então como um encanto

Sua mala subir o canto

Da parede isso a intriga

 

Com a mala ia um braço

Que formava um forte laço

Em uma fininha mão

Esta, pertença da grei

Não era o braço da lei

Mas o braço do ladrão

 

Contou-me ela arreliada

Não gosto de ser roubada

Sou uma pessoa crescida

O que é meu é para mim

Agarrei com frenesim

A mala e saí despida

 

Nas Amoreiras… A bela Senhora…

Perdeu estribeiras… E quase mostrou a amora…

 

Era um travesti ladrão

De ser mulher tinha ambição

Queria ter o que não tinha

Naquele dia porem

Foi meter se com Alguém

Que lhe fez bem a caminha

 

Vitória Torrificação

É uma pessoa de ação

E uma Mulher enxuta

Defende aquilo que é seu

O ladrão não a convenceu

A descartar se da fruta

 

(Bis ao Refrão)

 

Ora imaginem a cena

Ela a mostrar a verbena

E o travesti que era macho

Naquela sua má hora

Corria com o cu de fora

E com as calças em baixo

 

(Bisa 4 vezes o Refrão).

  • Autor: o Poeta Sorridente (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de Outubro de 2023 14:28
  • Comentário do autor sobre o poema: Este meu poema é baseado num episódio vivido e a mim contado no Centro Comercial das Amoreiras em Lisboa, por uma amiga que era argumentista de telenovelas para a Televisão Portuguesa!
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 2


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