O que seria de ti?
O que seria de mim?
Não sei qual será a resposta
Nesses últimos dias de abril
A alegria corre no tempo
A tristeza ficou na corrente
Lá se foi o brilho da tia
Do outono frio e quente
O verão esfriou lá na rua
A primavera choveu na segunda
As trilhas se perderam no pote
O gato se foi, por causa do trote
A tela não veio pra ela
A bailarina pegou a bolinha de gude
O cantor foi pintar naquela pinguela
E já não existia nenhuma angústia
Papai foi correr atrás das garrafas
O besouro foi esmagado lá na estrada
Tenso foi a cobertura do bolo
Púrpurina sem brilho, chocante, sensura
Tudo fez zero sentido
Lá no sul daquela gaiola
No centro foi uma ventania
Adeus poesia, tchau dona rocha!
Ass.: Heidlara Meireles
21:46
16/10/2023
Comentários2
Não me importo com o sentido das frases escritas,
Mas da mensagem imposta, e como me fará se sentir!
O trote no gato, me arremetendo à infância, assim como a dona Chica admirou, eu admirei sua poesia sem sentido!
Aplausos.
Heidlara,
este teu texto fragmentado, indica os caminhos que pretendo perseguir ( como bom aprendiz) em minhas construções literárias. O poeta, vê coisas, escreve as coisas, que a priori parece sem sentido:
"Adeus poesia, tchau dona rocha!"
"Lá no sul daquela gaiola"
"Tenso foi a cobertura do bolo"
"Papai foi correr atrás das garrafas"
Tirei os versos sem seguir uma ordem, para mim, tudo faz sentido e é lindo, abraços a poeta!
Muito obrigada, por suas palavras!!
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