Helio Valim

Hábitos atrozes

 

Somos seres de hábitos.

Cerceados por contradições

habitamos nossos hábitos,

como devotos sem constrições.

 

Causticamos sem concessões.

Somos implacáveis, perdidos,

isolados em conjurações,

cerrados em corações irados.

 

Flagelamos sem condições.

Seguimos impunemente, guiados,

presos a coléricos grilhões,

por tirânicos bárbaros.

 

Lancinamos sem emoções.

Convictos dos nossos méritos,

certos de nossas convicções,

destruímos, somos ineptos!

 

Somos seres de hábitos.

Habituados a destruições,

acatamos atrozes ritos,

em nome de crenças e convicções.

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Outubro de 2023 14:50
  • Comentário do autor sobre o poema: Não há massacre justificável. Nem como retaliação! >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Participe do grupo: Poesia no Caos https://www.facebook.com/groups/1218204639013511
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 5

Comentários1

  • Maria dorta

    'As vezes acho que a Humanidade não tem conserto e acabará destruindo_ se. Você descreveu com mestria a estupidez humana. Chega a arrepiar. E lá estão os judeus trucidando e sendo trucidados. Onde nossa humanidade?!

    • Helio Valim

      Olá, Maria Dorta
      Obrigado pelo comentário.
      Creio que a Humanidade (os indivíduos) e a humanidade (o sentimento) foram suplantadas pela estupidez e pela intolerância. Infelizmente!
      Um abraço,
      Helio



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.