Carlos Lucena

RETALHOS DO SERTAO

RETALHOS DO SERTÃO

Na minha palhoça
Fincada lá serra
Plantava minha roça
Num taquinho de terra
Plantava mandioca
Milho verde não faltava.
De manhã cedo
O café preto e tapioca
Era tudo que eu queria
Bolo de milho
E antes das seis
O café na trempe já fervia. 
De noite a lua
No terreiro clareava feito dia
E o vento frio da cruviana
Embalava a folha da cajarana
Aonde toda noite embaixo dela  eu via Ana.
Nesse sertão
Deixei por lá as marcas da minha mão 
Deixei a roça 
Minha palhoça
O pé de milho
A mandioca
A tapioca 
Mas não deixei de ser de lá
Porque por lá  eternamente ficou meu coração .

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Outubro de 2023 00:20
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6
  • Usuário favorito deste poema: Heidlara.

Comentários1

  • Shmuel

    Muito bom! Quem sabe o poeta retorna para este lindo torrão natal.

    Abraços!



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