SEM CÓDIGO
Eu sou um pouco de tudo
Sou a indecência
E a ciência
Sou a poesia que machuca
Sou a transgressão do verso
E a inexplicação de um poema a beira do abismo.
Eu sou os segredos
revelados pelo mistério
O mistério escondido nas almas
E a lâmina que desafia o corte
Das pulsações
Ora tão intensas
Nervosas
E tão calmas.
Eu sou a letra apagada
de uma poesia
Mas sou a letra
Que me faz viver
um poema todo dia.
Não adianta,
não vou dizer que sou
Se quiseres beber de mim
Decifre-me
Se pretendes buscar-me
Embrenhe-se na multidão de tantos eus que sou
Sou o que começa
E que termina.
Enfim, sou final que não tem fim
O tudo e o nada
Porque sou perguntas
E sou respostas
Mas não te direi quem sou
Porque sou lâmpada acesa
E ao mesmo tempo o farol que apagou! Decifre-me
- Autor: Carlos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de outubro de 2023 07:04
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
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