R. Barbosa Gameiro

Q'astro é Ela

Negras brisas trazem brilhos

Da briosa confusão,

Onde pairam, em seus trilhos,

Astros ébrios de solidão,

Aptos a arranjar sarilhos

Algures na deslocação.

Sejam estrelas ou cometas,

Nebulosas ou planetas.

 

Notei um corpo invulgar!

Com colar e dois anéis…

De face branca lunar,

Qual gravada com cinzéis,

E mechas a sublimar

Além das terrenas leis.

Nunca penas ou canetas

Narraram tais silhuetas!

 

Ao escutar-lhe humana voz,

Pus-me bem à sua frente!

E o coração, mais que veloz,

Tentou pôr-me eloquente…

 

Mas ao ver-lhe os olhos breus

Emanarem-me um lampejo,

Fixei, nos dela, os meus…

Demos o primeiro beijo!

 

Senti que era errado e certo,

Pra manter este astro perto

(Mal nos tendo conhecido)...

 

Mas fugiu-me em translação,

Levando-me o coração

(Ainda desaparecido)...

  • Autor: R. Barbosa Gameiro (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de Outubro de 2023 14:12
  • Comentário do autor sobre o poema: O que aqui escrevo vivi-o mesmo. Este poema é dedicado à "menina Castro". Foi a minha inspiração.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 12

Comentários2

  • Shmuel

    Ficou top! Adorei as rimas e tudo mais!

    Parabéns!

    • R. Barbosa Gameiro

      Muito obrigado, Shmuel!
      Agradeço a simpatia.

    • LEIDE FREITAS

      Muito bom, tempo conto de amor.

      Boa noite!

      • R. Barbosa Gameiro

        Obrigado! Fico contente que tenha gostado!



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