Senhora, eu trago as horas já fanadas,
E a mágoa que no peito inda viceja,
Por amar-te tanto às madrugadas,
Minh'alma de saudade lacrimeja.
São teus olhos uns clarões de alvoradas,
Onde uma lua sem termo inda adeja;
E a face, de molduras delicadas,
És como o lírio que o vento beija.
O teu semblante de poente pulcro
Em vésperas de noite luminosa
Me fazes esqueceres o sepulcro.
As tuas mãos, de seda, me envolvendo,
Lembravam a doçura de uma rosa
Que beijastes o orvalho florescendo...
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 8 de outubro de 2023 17:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
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