Thiago R

A sombra que minh'alma contemplava...

     Sombras de luto, pelos lutulentos 

     Caminhos, choram mágoas já choradas.

               Alphonsus de Guimaraens 

 

A sombra que minh'alma contemplava,

Na aurora de suave nostalgia,

Se fora como a noite que velava,

Outra vez vieste para mim o dia. 

 

Eu vi palores do astro que brilhava,

Das alfombras o aroma que surgia,

E na voz da solitude escutava,

Pelos ares a atroz melancolia. 

 

Veio a lembrança, de branco, me olhando,

Serena, como a lua nos mosteiros 

Que os ermos claustros segues clareando...

 

Sombras de auroras e de madrugadas,

Que velais os suspiros derradeiros,

Das almas que se vão pelas estradas...

 

Thiago Rodrigues 

 

 

  • Autor: Thiago R (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de Setembro de 2023 21:02
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 1

Comentários1

  • Maria dorta

    Belo soneto, com boas rimas e um toque de poema clássico, suave como uma sonata tocada em um piano, com a lua cheia em primeiro plano. Aplausos!

    • Thiago R

      Grato pelo comentário, Maria! Uma boa tarde.



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