Milene Gomes

Minha mente, minha selva

Aquela que não me deixa dormir

Minha maior inimiga,

Que é também minha melhor amiga

E a única que realmente me faz rir

 

Minha mente, meu parque de diversões

A que me assusta e asfixia,

Mas também aquela que mundos cria

Minha mente, lançadora de minhas maldições

 

Aquela que mesmo sem asas, me fez voar

A responsável pelas minhas listras

E criadora de minhas poesias

Ela me afoga e de repente, me lembra que eu sabia nadar

 

Ela colore, ela apaga

Ela constrói, apenas para em cima de mim desabar

Me faz desejar de coração e alma, apenas para logo em seguida desencorajar

Aquela que me enfraquece e me dá força

 

Minha mente cria aquele mundo que te envolve

Faz os melhores sonhos,

aqueles que fazem acordar ser enfadonho

Ela dá, ela tira, ela devolve

 

Meu abismo, minha destruição

Meu ritmo, minha música

Meu incêndio, minha faísca

Minha maior distração é a que mais prende minha atenção

 

Minha mente, a maior tentação

Ah, se eu pudesse entrar de verdade,

nunca ia querer sair

Porque esse mundo, é a minha maior paixão

 

Sem minha fantasia, eu nem estaria viva

Eu preciso do meu país das maravilhas

Eu não sou eu sem minhas campinas 

Sem a imaginação, eu sequer existiria

  • Autor: Maya (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de Setembro de 2023 00:07
  • Comentário do autor sobre o poema: Ficou maior do que eu estou acostumada a fazer, mas ok. Me inspirei no nesse trecho de uma música "My head is a jungle, jungle" e na música freaks do Surf Curse, pórem, no último verso me lembrei de um poema de Emily Dickinson ( que é minha poetisa favorita): "Para fazer uma campina basta um trevo e uma abelha, Um só trevo e uma abelha E a fantasia. Basta só a fantasia, Se a abelha é fugidia." A parte em que citei uma campina, foi uma referência á esse poema, o qual, me veio a memória no final de minha escrita. Quem sabe, talvez precise de mais poemas sobre esse assunto para expressar tudo o que quero.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 4


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