Desde a infância
Eu me sentia diferente
Parecia tão distante das outras pessoas.
Não viam como eu via
Não sentiam como eu sentia
E eu sufocava em agonia
Sim, desde muito cedo.
Não encontrava uma alma amiga
Nem na Terra e nem na fantasia
Mas foi num triste dia,
Que ao olhar uma estante esquecida
Mudou de vez, toda a minha vida.
Tinha uns livros
Duns poetas mortos
E entre eles, o que me salvaria.
ALVARES DE AZEVEDO,
Consumido em grandes goles
Seus escritos tão sublimes.
Achei-me ali
Parecia que me conhecia
E que éramos melhores amigos.
Nunca ninguém havia adentrado
Dentro de minha alma
Com tamanha compreensão.
Beijei todas as linhas
As lágrimas correndo
E eu a Deus agradecendo
O amigo dos céus enviado
Por conhecer essa alma
Mesmo depois de morto
Eu Lhe bendigo Deus,
Muito obrigada.
- Autor: Thais Almeida ( Offline)
- Publicado: 24 de setembro de 2023 15:25
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
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Comentários2
Que lindo! Uma bela homenagem a este grande poeta!
Abraços!
Obrigada querido!
Mui lindo...Profundo e sensível....
Tem escritos que nos levam ao túmulo como tambem ao paraíso e lendo isto, creio que vc está admirando até agora a paisagem que encontrastes dentro destas linhas.....
Aplausos de pé pelo seu reencontro com a poesia.
Abraços.
Obrigada, a poesia me salva até quando desço ao fundo do poço com ela.
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