CORASSIS

Dados piratas

Dados piratas apurados
em mares naufragados :
o capitão gancho afundou com o seu baú 
de agrados sedutores
no oceano dos patifes humanos
pereceu por  amores diminutos
- esse colírio em meus olhos
devassidão particular !

Digam pra mim, quantas vezes
serei necessário  nesta guerra  sem fim?
qual o preço de um coração viscoso?
quantas partes se repartem um rim
qual efeito do pulmão mecânico na vida
me livre Deus de um coração mentiroso
deste pasquim

Ontem  falei com meu irmão
sentimento frio como o metal
não tive uma história boa para relatar
um riso harmônico ou espontâneo
essa sensação humana é estranha
não sei e não entendo este teorema 
peculiar
a justiça que adentrou por estes anos
qual a alegria que fascina  de forma passageira  
e destina o humor  idoso
ao curral do  desprazer .

  • Autor: CORASSIS (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Setembro de 2023 10:16
  • Comentário do autor sobre o poema: Imagem por superemelka por Pixabay
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11

Comentários6

  • Maria Ventania

    Vibrante ironia repercute nessa poesia intensa e o jogo de palavras a torna interessantíssima, original. Parabéns ao querido e amado mestre poeta!!! Beijos.

    • CORASSIS

      Gratidão pelo nobre comentário
      Beijo .

    • Maria dorta

      Essa gama de figuras literárias usadas dão ao poema beleza no uso das onomatopeias, metáforas,comparações e o toque humano de alguma desilusão. São enfeites florais tornando mais belos teus sentimentos mesmo no " curral do desprazer". Tem muita verdade! Aplausos poeta!

    • CORASSIS

      Gratidão, por tão nobre comentário!
      Abraço querida amiga Dorta.
      Abraços .

    • Ernane Bernardo

      Caro amigo poeta Corasis, parabéns pela bela construção poética, gratidão pela partilha, bom dia! Abraço poético.

    • CORASSIS

      Gratidão prezado amigo Ernane
      Abraço poeta.

    • LEIDE FREITAS

      Gostei do poema e das figuras literárias que o embelezam. Foi um prazer ler-te.

      Boa noite, poeta Corassis!



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