Venho do lago,
lá do norte ou do sul,
que cruza a ponte
que divide o céu da terra,
lá, onde nasce o sol
e acalenta a fria lua.
Sou do norte,
cavaleiro azul,
postejado de armas,
de coração amado,
de corpo sufocado,
pela falta dela.
Sou pronto
para a guerra,
às lutas impávidas,
lençoadas de morte,
mas não estou armado,
para enfrentar
a solidão dela,
o rumorejo de seu perfume,
a fala mansa e cortejada
de minha rainha
que desapareceu
por entre as paredes
dos sós.
Entre o norte ou o sul,
pois havia uma ponte
a nos separar, e lá chamam,
sôfregos, assim, de sopetão:
o laço de corda vergada,
que separa minha vida da sua,
é prima da casa da adeus,
pois neste amor proibido,
jamais vão nos deixar
alentar nossa paixão!
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 7 de setembro de 2023 10:19
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Comentários2
SERGIO NEVES - ...uma poesia um tantinho transgressora...,...versos entrelaçados "aos trancos e barrancos" -podemos dizer assim, mas, que transmitem bem, com aguçada sensibilidade, toda a ideia inspiracional... -uma poética bem sagaz essa tua...,...interessante! // (...bela ilustração -seria ela aquela que motivou o escrito?...se for, tá mais do que justificado...-rsrs...) /// Abçs.
Alô Sergio Neves. Você tem razão, o sentimento às vezes no atropela e nos confunde. Você é também é um grande poeta e tem poemas muito profundos. Um abraço.
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