Roço o rosto,
levito o suave,
medro o palmo
e faço o terno.
Pulo de dois,
na cerca da vida,
empurro bois,
cavalgo alados
tudo à procura
dos pacatos.
Roço o rosto
faino a dor
repasso o torto
e a voz dela fica
em pé, firme, e com
azul de cor.
Roço o rosto
tento a paz e o silêncio
neste campo de sol
nesta vesga aparente.
Ando à passso,
corro por ruas
e enviezo por avenidas,
quase nuas.
As gentes se foram
pra algum lugar
perto de algum
fim de mundo.
Não fui, por receio
e medo,
fico permeio
entre a água e a luz.
Por isso, e agora,
o encarregado sou eu,
sou eu que faço e refaço,
sem pensar em dor ao léu.
Se sou seu, faço por mim.
mas não posso esquecer,
jamais,
que um dia fui seu...
na corda bamba,
mas fui.
Seu tenente, puxa a boina
lá vou eu passar,
sem tiros de fuzil,
mas vou passar,
por toda essa vida
sem ser, ao menos,
funil de água doce !
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 5 de setembro de 2023 10:19
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
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