Carlos Lucena

PARALELOS RELATIVOS

PARALELOS RELATIVOS

Nada que sou é
Nada que é sou
Sou o velho 
Que passa a porta do tempo
E a fé que não vai ao templo.
Sou a criança que brinca com as estrelas 
E a esperança de um dia tê-las.
A esperança
Que não espera
O choro que rir
E o riso que dilacera.
Sou o vento sem ar
E o barco que navega sem mar
Sou o amor que transborda
Coração que não entende
Alma surda no silêncio que se estende 
Correndo nas veias que não pretende
Chega sem saber onde chegar
E repousa sem ter onde ficar
Porque sou nuvem de um instante
E brisa fresca no calor vento
Sou paralelos na incerteza 
De um desejo delirante
Como é incerto o delírio de um momento.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de Setembro de 2023 22:11
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 5


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.