Ouro cinzento

Bingus McBongus

Arejado quarto, como escudo, cobre-me.

Frio sublime, como onda, abraça-me.

É colosso quando dorme;

é rosa inerme.

 

Barulho contínuo, como sono, domina-me.

Soturno odor, como redemoinho, engolfa-me.

Corta quando gume;

acalma quando leme.

 

Em um coro mundano,

a amalgama do ordinário.

No teclar do piano,

o zarpar do corsário.

 

O vestindo nebuloso,

como um presente astral,

dança volumoso

na ampulheta horizontal.

 

 

  • Autor: Bingus McBongus (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de agosto de 2023 21:28
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 3


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