minha lucidez anda alucinada
eu padeço em constante delito
o delito é a minha condenação
não preciso doutro julgamento
nem morrer por apedrejamento
eu já fumei pedras bem piores
não queria mais precisar tanto
desaprendi meu suplicamento
e receio já não ter mais crédito
pudera, cri em deuses fugazes
voláteis, covardes e traiçoeiros
como as asas que me alugaram
asas de voos de galinhas cegas
tornei-me ateu dessas criaturas
mas não esqueci os seus cultos
estou extenuado de tanto tombo
das quedas livres sem liberdade
não parece ter fim esse abismo
já ouço algum ranger de dentes
daqui, meu orar soaria profano
rogai por mim todos os crentes
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 10/5/23 --
- Autor: Antonio Luiz ( Offline)
- Publicado: 22 de agosto de 2023 13:49
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Vilmar Donizetti Pereira, willian rodrigues
Comentários1
Caro poeta Antônio Luiz: Parabéns pela sua profunda e reflexiva poesia! Tenha uma ótima e abençoada noite! Um abraço.
Caro poeta Vilmar,
Grato pela leitura, pelo comentário e por favoritar o poema!
Que tenhas uma noite abençoada, também!
Um abraço!
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