Nunca existiu,
Esse amor utópico.
Eu mesma inventei,
Por que era necessário
Uma aventura pra narrar.
Ficção juvenil,
Um toque caliente
E muito drama.
Minha paixão ardente.
Ele era como o inverno,
Eu era puro verão.
Ele era uma nevasca intensa,
E eu, um louco furacão.
Azul e vermelho,
Frio e quente.
Nossas diferenças
Se completavam.
Era gostoso imaginar
Uma paixão dessas,
Daquelas que nos faz pirar.
Como as da novela das dez.
Os opostos se distraem,
Mas os dispostos, ah...
Esses se atraem como imãs.
Éramos opostos
E nos deixamos distrair
De quem estivesse
A nossa disposição.
Belos, sinceros, atraentes,
Sentimentais e sonhadores.
Uma mistureba terrível,
Um estrago em nossas mentes.
Olha onde viemos parar...
Olhe só pra esse luar!
Nos despedimos mais uma vez,
Uma promessa em nossas mentes,
Outras frases inconsequentes.
Recolhemos nossos pedaços,
Fizemos um novo amor de nossos cacos.
Nunca mais seremos os mesmos,
Nunca seremos nós.
- Autor: Venus (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 21 de agosto de 2023 02:08
- Comentário do autor sobre o poema: As vezes, a utopia é necessária pra tornar a realidade menos nojenta e cruel.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 6
Comentários2
Que lindo!!!!
Muito obrigada! 🙂
SERGIO NEVES - ...como já dizia "Nostradamus": -"...sonhar também é viver..." // ...esse teu utópico "caso" resultou num escrito bem interessante e muito bem versado...,...gostei!...muito! // (PS - "Nostradamus" = apelido de um vizinho meu...) /// Meu carinho.
Muito obrigada! Interessante o apelido do seu vizinho hahaha
Mas sendo bem sincera, não sei se concordo com a frase dele não hahaha às vezes eu me frustro com o tanto que eu sonho, quantas aventuras inimagináveis surgem do nada. Mas no fim do dia, eu ainda sou só uma artista plástica amadora entre desenhos fantasiosos e encomendas de pinturas. Hahaha
Mais uma vez, muito obrigada pelo comentário! Abraços!
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